terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Brasileiro sim, e daí...


Jovens brasileiros procuram no exterior novos desafios em busca de oportunidades e experiências de vida.
Mudar de vida, obter novas conquistas, adquirir estabilidade, começar a escrever um novo final. Esses são alguns dos desejos de quem sai do Brasil a procura de sorte maior no exterior. Não são poucos os peregrinos Brasileiros espalhados pelo mundo afora e cada um tem uma história particular para contar, alguns de vitória, outros de frustração mas a quase totalidade é de otimismo e de esperança que dias melhores virão.


A cidade de Sombrio, no interior de Santa Catarina não era exatamente o lugar onde Daniel Figueiredo gostaria de passar o resto de seus dias. Nascido e criado na cidade com cerca de 20 mil habitantes, ele enxergava poucas oportunidades de crescer, pois além do fraco comércio, uma fábrica de calçados era a única alternativa restante de arrumar um emprego digno. Seguindo os passos de primos e amigos de infância, Daniel aos 18 anos tomou uma decisão de procurar uma vida melhor longe dali. Cartas e telefonemas de amigos direto dos Estados Unidos foram o que encheram-no de coragem a enfrentar o maior desafio de sua vida até então, a possibilidade de uma vida mais próspera não saia de sua cabeça. Na companhia de mais 5 pessoas, das quais nunca tivera visto antes, pegou um avião partindo de São Paulo com destino a cidade do México, o acerto de 10 mil dólares combinado com um agenciador de uma cidade vizinha seria pago ao longo de seu primeiro ano de trabalho nos Estados Unidos, um “coyote” ficaria responsável por recebê-lo em terras mexicanas e guiá-lo na companhia de um grupo de aproximadamente 30 imigrantes pelo deserto rumo a fronteira com os Estados Unidos. Ao final do décimo dia, desde a partida de sua cidade natal, Daniel chegara ao seu destino final, a casa do primo Rafael, em Chicopee, cidade no interior do estado de Massachusets, o abatimento era visível, devido a má alimentação e a jornadas de até 12 horas diárias de caminhadas ininterruptas, ali começava uma nova etapa na vida de Daniel, que tinha como primeiro objetivo comprar um carro, seu sonho de consumo desde a infância.

A história de Daniel é apenas uma entre milhares de histórias de Brasileiros, que preferem viver uma vida de anonimato, como imigrantes ilegais, longe da família e amigos, encarando jornadas de trabalho de até 18 horas diárias, mas que se sentem vencedores, pois tudo o que conquistam provém de seu próprio esforço.

Estudante em seu último ano do curso de Engenharia de controle de automação na Puc, em Belo Horizonte, Gustavo Farah, 26, sempre aspirou passar algumas temporadas nos Estados Unidos. A oportunidade de aprender uma nova língua, estar em contato com uma nova cultura, conhecer novas pessoas e visitar diferentes lugares, muito lhe chamavam a atenção. Fato que se tornaria realidade com ajuda do amigo Marco Túlio, que há um ano morava no país e se dispôs em ajuda-lo a se estabelecer em terras estrangeiras. Morador de um bairro de classe média da capital mineira, a adaptação em terras estrangeiras foi um pouco dolorosa, queria trabalhar, pois era a oportunidade de fazer uma poupança, algo que lhe desse mais estabilidade ao fim de sua aventura, porém o emprego de atendente em uma rede de Fast Food não era exatamente o que esperava, as longas jornadas de trabalho aliadas ao esforço repetitivo e a pressão do chefe português, por muitas vezes o desanimaram, mas o companheirismo de novas amizades e a força de vontade o fizeram superar as barreiras que lhe foram impostas. Dois anos se passaram e as recordações de Gustavo que está de volta a Belo Horizonte são as melhores possíveis, para ele, o convívio com Brasileiros vindos de diversas localidades do Brasil, pessoas simples que ele dificilmente iria conhecer, são o que ele guarda de mais valioso.

A raça, a vontade de vencer e conquistar uma vida melhor para si e para a família é que torna esses imigrantes vencedores, e apesar de diferentes objetivos e aspirações, mesmo com todas as humilhações e dificuldades eles têm orgulho em bater forte no peito e dizer: Eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor.


-------Este é um texto jornalístico escrito por mim a alguns meses, nele nenhum tipo de opinião é expressada, são apenas relatos de histórias reias de pessoas que procuram oportunidades fora do país, meu pensamento sobre o assunto, assim com alguns pitacos, eu deixo para o próximo post.

E você, o que achou? que falar sobre? Buteco NOW...

Um comentário:

nadirnaidu disse...

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