terça-feira, 8 de julho de 2008

Para alegria dos “Maggots”

Eles estão de volta. Depois de um hiato de quatro anos sem um disco de estúdio e três anos após lançarem uma coletânea ao vivo, 2008 marca a volta da banda que é um dos grandes expoentes do metal nos últimos anos, para alegria de seus fãs, carinhosamente conhecidos como “Maggots”, o novo disco promete muita brutalidade, velocidade e batidas grooveadas. Quem são eles?


O segundo semestre de 2008 é a época prevista para a volta de Corey Taylor e seus outros oito companheiros do Slipknot à ativa. Após lançarem seu último disco de estúdio “Vol.3 The subliminal verses” em 2004 e excursionarem por todo o mundo, passando inclusive pelo Brasil, a banda deu um tempo e seus integrantes se dedicaram a projetos paralelos. Três anos se passaram e os músicos se reúnem novamente para o lançamento de seu 4º disco de estúdio, intitulado “All hope is gone”. Com data de lançamento prevista para o dia 25 de agosto, “All hope is gone”, com certeza irá trazer toda a brutalidade da banda de volta e deve apresentar músicas e arranjos mais elaborados, obviamente refletindo o amadurecimento dos integrantes como músicos e também como homens.

Com todo o merchandising e estratégias de marketing que acompanham o Slipknot por toda a carreira, a divulgação do disco tem sido feita de maneira gradativa. Primeiro a banda divulgou algumas fotos de suas novas máscaras, o site da Spinner, recebeu em apenas 24 horas, o incrível número de oito milhões de acessos. Através de seu site oficial, a Banda disponibilizou em streamming a música que dá nome ao disco, “All hope is gonne” você pode escutar Aqui.

Também parte do processo de divulgação, o Slipknot disponibilizou para seus fãs através do site de sua gravadora Roadrunner Records, o primeiro single de trabalho, chamado Psychosocial. Ao ouvir cuidadosamente as duas músicas do próximo disco, eu como fã desde 1999, ano do lançamento do primeiro álbum da banda, pude perceber que a banda continua seguindo uma mesma linha melódica, principalmente com relação à primeira música de trabalho. Psychosocial é uma música forte, pesada, com ritmo cadenciado e refrão melódico, exatamente como os primeiros singles de cada álbum.

1999 – Álbum – Slipknot – Primeiro single – Wait and Bleed
2001 – Álbum – Iowa – Primeiro Single – Left Behind
2003 – Álbum – Vol.3 The Subliminal verses – Primeiro single – Duality
2008 – Álbum – All hope is gone – Primeiro single – Psychosocial

Se você escutar com calma as quatro músicas, irá perceber como elas possuem uma estrutura muito parecida e muito se assemelham nas passagens do pesado para o melódico e dos gritos para o canto limpo. A banda mais uma vez tenta repetir a fórmula de sucesso dos trabalhos anteriores.

TOUR

Antes mesmo do lançamento do novo álbum, o Slipknot cai na estrada novamente, a fim de retomarem o mesmo entrosamento em cima do palco e voltarem à velha forma.


A Rockstar Mayhem Fest, terá as apresentações de Mastodon, Dragon Force, Disturbed que lançou seu novo disco “Indestructible” em maio e estreou bem colocado na parada da Billboard, além dos mascarados do Slipknot fechando os shows. Realmente um festival imperdível.

Eu já tive a oportunidade de assistir a quatro apresentações do Slipknot durante o tempo em que vivi nos Estados Unidos e realmente o poder que eles têm em cima do palco é algo impressionante, a presença de palco de todos os integrantes é contagiante, todos pulam, batem cabeça, lutam entre si e tocam seus instrumentos freneticamente, pra quem curte um som mais pesado, vale a pena conferir. Quer dar uma espiada em uma apresentação deles ao vivo? Assista abaixo.



Portanto, para alegria dos “Maggots”, simpatizantes e curiosos, o Slipknot está de volta e ao que tudo indica com gás total. Assim que o álbum for lançado farei um post sobre as minhas impressões sobre o disco, até lá assista um vídeo com a nova música Psychosocial e as novas máscaras. Grande abraço.


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quinta-feira, 3 de julho de 2008

Quer trabalhar? Então trabalha direito

Em tempos de economia aquecida, excesso de profissionais e concorrência acirrada em todas as áreas, empresas, prestadores de serviço, comerciantes, profissionais autônomos entre outros, vêm percebendo a necessidade de buscar um diferencial para seus negócios, o cliente vem sempre em primeiro lugar, prestar bons serviços, não mais é garantia de rentabilidade, uma conjunção de fatores influem na decisão de compra dos consumidores, que estão mais exigentes a cada dia. Mas será que todos têm essa visão? Será que algumas pessoas ou empresas estão cientes da importância de prestar um serviço de excelência para cativar seus clientes e conquistar novos? Vou contar um caso que aconteceu comigo esta semana e você tire suas próprias conclusões.

Quem tem mais, pode mais, ou seja, que tem melhores condições, pode pagar mais caro pela prestação de alguns serviços, ainda que isto não lhe satisfaça, porém inegavelmente aumenta as possibilidades. E quem não pode pagar tão bem pelos mesmos serviços, necessariamente tem que se contentar com o descaso de alguns profissionais? Em minha opinião não, pois existem ótimos profissionais que chegam todos os anos no mercado, em busca de oportunidades de mostrar seu trabalho e consequentemente crescer na profissão, o que gera diferentes opções de escolha para o consumidor, que pode optar pelo profissional que melhor o atenda de acordo com suas condições financeiras.

A mais de um ano não faço uma limpeza dentária. Meus dentes, bem como minha gengiva, estão precisando de um cuidado especial, visitas anuais(no mínimo) ao dentista já fazem parte da minha vida, com o intuito de manter uma boa higiene bucal, e prevenir futuros problemas que possam vir a acontecer devido a hábitos talvez não muito saudáveis. Durante toda a minha vida, quem cuidou dos meus dentes, no sentido de mantê-los limpos foi a Dra. Rosália, excelente dentista de Belo Horizonte, muito boa profissional, que exerce sua profissão com tamanha paixão e carinho que se torna amiga da grande maioria de seus clientes. Meu Pai, como ex-funcionário da Embratel, possuía um plano de saúde, extensivo para toda a família, cujo plano odontológico também era incluso, motivo pelo qual nossa família optou pelos serviços da Dra. Rosália. Porém após meu Pai aposentar-se, tivemos que optar por diferentes planos de saúde, dos quais tratamentos odontológicos não eram contemplados, com exceção do meu. A partir daí o tratamento dentário com a Dra. Rosália, se tornou inviável, pois custear uma única consulta com ela, extrapolava meu orçamento.

Ao adquirir o plano de saúde da Golden Cross, optei por um pacote que incluía atendimento odontológico pelo período de um ano, uma espécie de teste, quando terminado o tempo de carência eu poderia optar por um pacote melhor(mais caro), que contemplasse serviços odontológicos por tempo indeterminado. Ok, eu pensei, isso me atende, poderei fazer visitas esporádicas ao dentista e fazer algum tipo de tratamento dentário preventivo, resolvi então agendar uma consulta.

1º dia

Marquei minha consulta para uma clínica chamada Cliden, localizada no centro de Belo Horizonte à Av. Afonso Pena. Minha consulta seria para fazer uma simples limpeza, por isso me agendaram para uma tal de Dra. Miriam. No dia da minha consulta, sai mais cedo do meu trabalho, cancelei alguns compromissos e me dirigi até a clínica Cliden, fiz meu cadastro e após alguns pouco minutos de espera a Dra. Miriam me chamou. Depois de uma análise superficial dos meu dentes ela constatou que eu estava com um problema de retração de gengiva, ou seja, meus dentes estão muito expostos, estou perdendo osso e caso não seja tratado, corro até o risco de meus dentes caírem, nada alarmante, desde que um profissional competente faça um tratamento de boa qualidade e me dê as instruções corretas. Em 5 minutos de consulta a Dra. Miriam, após me passar essas informações, resolveu me encaminhar para o Dr. João Bosco, na mesma clínica Cliden, por se tratar da área de atuação dele (periodontia), ele poderia analisar meu caso, fazer a limpeza e propor soluções e tratamentos para resolver meu problema. Sem problemas eu pensei, remarquei a consulta para 2 semanas depois, horário mais próximo disponível e fui embora.

2º dia

Sai mais cedo do trabalho, adiei compromissos importantes e mais uma vez me desloquei até a clínica Cliden, cheguei ao consultório 5 minutos antes do meu horário marcado e me dirigi ao balcão da recepção. Duas recepcionistas atendiam as demandas no balcão e ao telefone, apesar de se tratar da mesma clínica, dessa vez o consultório ao qual eu me dirigia era localizado em outro andar. As duas recepcionistas eram visivelmente mau preparadas, não vestiam uniforme ou algo do tipo e minha presença no balcão à espera de atendimento era a mesma coisa que nada, as duas ao telefone nem sequer olharam para mim ou pediram para que eu aguardasse. O som ambiente era bastante perturbador, máquinas, conversas, agitação, tornavam o ambiente muito pouco profissional. Após alguns minutos de espera e com os documentos e o encaminhamento da dentista anterior em mãos, entreguei tudo para uma das recepcionistas, que prontamente ao recebê-los comentou com a outra, “ah, não vou fazer isso não”, os motivos eu não sei por quê. A fim de manter a tranqüilidade, deixei meus documentos com elas e sentei na sala de espera, alguns poucos minutos depois, uma Dentista que não sei o nome, pois ela não se apresentou me chamou. Me sentei na cadeira da sala dela, muito barulhenta por sinal, pois lá existem vários consultórios e a divisão entre eles é feita apenas por pequenas divisórias e expliquei que eu fui encaminhado por uma outra dentista da mesma clínica, para uma avaliação do Dr. João Bosco devido a minha retração gengival. Após outra avaliação superficial, a dentista que não sabia que eu tinha horário marcado com o tal Dr. João Bosco, pois as recepcionistas não fizeram a minha ficha e simplesmente pediram para que uma outra dentista desse uma olhada no meu caso, disse que eu teria que passar pela avaliação de um outro dentista para saber as causas dessa retração. Isso não seria trabalho para o tal Dr. João Bosco, no qual eu tinha uma consulta agendada a 2 semanas atrás? Após explicações não contundentes, fui informado que o Dr. João Bosco não trabalhava com a parte de limpeza, somente com a parte cirúrgica de gengivas e que ela não poderia fazer minha limpeza, pois tinha outro cliente marcado em breve. “Em meu caso não será necessário cirurgia?” Perguntei, “um profissional irá verificar as causas e posteriormente indicará se é necessário ou não a cirurgia, seu plano não cobre cirurgia”, ela respondeu, “Não se preocupe com o que o plano cobre, faça minha avaliação e depois eu vejo se vale a pena pagar ou não”, pensei. “Este profissional não seria o Dr. João Bosco?” indaguei em seguida. “Conversei com o Dr. João Bosco e ele disse, que caso o senhor queira esperar ele atender os outros pacientes dele, ele pode dar uma olhada no seu caso”, ela falou. Não conseguia entender por que eu teria que esperar o atendimento á outros pacientes, sendo que eu tinha minha consulta marcada. “Como vocês marcam uma consulta para mim se um dentista não trabalha mais com o meu suposto caso?” perguntei, já indignado. “Não sei, não sou secretária” a dentista respondeu. Ok, essa era a gota d´água, ela foi comigo até a recepção e pediu para a recepcionista agendar uma outra consulta com um terceiro dentista, que provavelmente ia olhar meus dentes em 2 minutos e me encaminhar para um quarto dentista e assim por diante, e olha que tudo o que eu queria era uma simples limpeza. Por fim, minha educação não permitiu que eu me dirigisse à aqueles profissionais pífios com palavras de baixo calão, devido ao grande desrespeito, falta de organização e qualidade profissional pela qual eles conduziam aquela situação. Peguei meus documentos e falei que não precisava marcar mais consulta nenhuma, pois não perderia meu tempo novamente me dirigindo à clínica Cliden, peguei minhas coisas e fui embora, visivelmente indignado, porém mantive minha postura, apesar de ter vontade de quebrar aquela clínica toda. Rs.

No caminho de volta eu realmente me sentia muito incomodado, como ainda existiam profissionais tão pouco comprometidos com a satisfação de seus clientes, claro que não era uma clínica com preços abusivos, dedicada a clientes de alta renda, porém, será que eles esperam prosperar em seus negócios trabalhando dessa forma? Principalmente em se tratando de uma clínica dentária, que trabalha com saúde, é uma coisa séria, por fim, fiquei até feliz por nenhuma intervenção ter sido feita em meus dentes, pelos mau preparados dentistas da clínica Cliden.

Me senti completamente desrespeitado, por isso estou utilizando este canal como forma de desabafo, “Guilherme, está saindo fumaça do seu teclado, tamanha a força com que você está digitando”, comentário do meu chefe, rs. E não é pra menos!

Portanto é claro hoje a necessidade de colocar o cliente em primeiro lugar sempre, ambiente agradável, profissionais bem treinados, atenção e cuidado nos mínimos detalhes, são fatores que fazem a diferença, que fidelizam os antigos cliente e que trazem os novos, são fatores primordiais na condução dos negócios.

E você já passou por alguma experiência parecida? Você é um consumidor exigente? Presta atenção nestes detalhes em seu trabalho? Espero que sim, tem algum dentista para me indicar? Rs.

Pra relaxar um pouco estou ouvindo Spliknot, música calma e tranquila, rs. Falando nisso, meu próximo post será dedicado a eles, que têm um álbum novo saindo do forno, o que será que vem pela frente? Grande abraço a todos........

Dica de som: Indignação - Skank

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sexta-feira, 13 de junho de 2008

Aspirante a potência mundial

Economia estável, bolsa batendo recordes sucessivamente, queda da inflação e taxas de juros. O Brasil aos poucos vai almejando a posição de grande potência mundial, há pouco tempo o país alcançou o status de “Investment grade”, ou seja, o Brasil passa a receber investimentos de fundos de pensão internacionais que operam somente em países com o tal grau de investimento, desta forma, mais dólares entram no país, aquecendo a economia. Somos um país emergente, propostas como as do Biocombustível, reforçam essa posição, mas olhando pra dentro, será que estamos no caminho certo? Citarei apenas dois dos diversos exemplos existentes, e você tire suas próprias conclusões.


6:20 da manhã, o despertador toca, hora de levantar para mais um dia de trabalho. Uma ducha rápida para despertar, dentes escovados, roupa vestida, um gole rápido de café, um pedaço de pão com manteiga (sobra do dia anterior) e nosso herói está pronto para sair. Ele trabalha no lado oposto da cidade, para economizar na condução e ganhar tempo, ele caminha 7 quarteirões para poder pegar apenas um ônibus. O desodorante tem que ser bom, pois depois de uma caminhada antes das 7 da manhã, o suor é inevitável.

7:00 horas, nosso herói já se encontra no ponto de ônibus, a espera da condução que o levará para o trabalho, ainda sonolento ele tenta manter a atenção, se vacilar e não der o sinal, com certeza o ônibus passará direto, tomar a próxima condução, 20 minutos depois, será certeza de atraso no trabalho, bronca do chefe e se bobear até desconto no salário. São 7:20, o ônibus aponta no fim da rua, nosso herói dá sinal, ele pega sua condução tranqüilo, pois ele conseguirá chegar a tempo no trabalho, o motorista abre a porta e ele entra, sabe o que o aguarda?





Um formigueiro. Logo ao entrar a dificuldade é imensa para se locomover, agarrar-se ao apoio é difícil, pois diversas mãos tentam dividir o mesmo espaço, um verdadeiro exercício de equilíbrio. Após algum empurra-empurra, nosso herói mostra habilidade, ao agarrar-se no apoio com uma mão, e com a outra abrir a carteira, pagar o trocador e com essa mesma mão, guardar as inúmeras moedas do troco. Com dificuldades ele consegue transpor a roleta, a única coisa que ele precisa é encontrar um lugar aonde ele fique fora da rota das outras pessoas e possa se equilibrar. O local encontrado é o vão entre dois bancos, logo a frente de um senhor sentado que lê o jornal do dia. “Ótimo, posso aproveitar para saber as notícias bicando o jornal desse senhor”, ele logo pensa, porém os empurrões de pessoas que querem passar sempre levam sua barriga de encontro ao jornal, irritando o senhor que resolve guarda-lo, lá se vão as notícias. O odor do sovaco do cidadão ao lado começa a causar incômodo, nosso herói começar a ter náuseas devido ao mau cheiro, sem opções para trocar de lugar, respirar pela boca é a única solução.

A viagem já dura 30 minutos, parece uma eternidade, um cidadão sentado logo a frente se levanta, é a chance de sentar-se e ir mais confortável pelo menos nos últimos 20 minutos de viagem, porém a alegria dura pouco, alguns minutos após sentar-se, nosso herói observa uma mulher grávida em pé, faz parte da gentileza urbana, ceder lugar para idosos, pessoas com crianças de colo ou mulheres grávidas, nosso herói não hesitou e gentilmente ofereceu seu lugar para a mulher, “A senhora pode sentar-se aqui”, “Mas por que você está cedendo seu lugar?”, ela indagou, “Mulheres grávidas devem ir sentadas, a senhora, mais do que eu, deve viajar confortavelmente”, ele respondeu, “Quem disse que eu estou grávida?”, ela prontamente respondeu com uma cara de poucos amigos. Nosso herói não sabia o que dizer, ele poderia jurar que a enorme barriga da mulher se tratava de uma gravidez, o semblante dela mostrava claramente que ela não gostou de ser confundida com uma grávida, afinal, ela era gorda mesmo, a gentileza urbana do nosso defensor dos fracos ia por água abaixo, envergonhado ele preferiu se refugiar no fundo do ônibus, faltavam poucos minutos para aquela viagem chegar ao fim. No fundo do coletivo, ao seu lado um jovem de terno e gravata, cabelo penteado impecavelmente, conversa animado com outra pessoa sobre as obras que Deus havia operado em sua vida, porém ele começa a se exaltar, “Só o sangue de Jesus tem poder, os que não vierem pelo amor, virão pela dor, Deus é o caminho da salvação”, aos gritos o jovem começa uma pregação como se estivesse em pleno culto de sua igreja, “socorro”, pensa nosso herói, “preciso descer logo desse ônibus” e sua hora finalmente chega. São apenas 8 horas da manhã, aliviado por ter descido do ônibus, nosso herói está pronto para encarar 8 horas estressantes de trabalho, o translado foi apenas o aquecimento, preciso descrever a prorrogação?

O herói da história acima, somos eu e você, que dependemos do transporte coletivo em nosso país para nos deslocarmos. Muito se fala do caos no trânsito das grandes cidades, o aumento gradativo da frota de carros, que diariamente recebe novos veículos, porém o transporte público precisa de sérias reformas para atender a população de forma descente. A maioria dos trabalhadores do país, enfrenta jornadas desumanas para chegarem e voltarem do trabalho, isso, sem contar o desgaste natural do próprio emprego, o Brasil precisa investir em infra-estrutura, um país emergente que almeja se equiparar às grandes nações precisa prestar atenção nos detalhes, pois são estes detalhes que classificam um país como desenvolvido ou não, se providências não forem tomadas urgentemente, esta situação tende a ficar incontrolável, vide a cidade de São Paulo, que enfrenta milhares de km de engarrafamento todos os dias.

Copa de 2014

Uma luz no fim do túnel para o transporte coletivo nas grandes cidades do país, seria a Copa do mundo de 2014 a realizar-se no Brasil, muitos investimentos serão certamente destinados ao transporte público, desafogando o trânsito das grandes capitais brasileiras e melhorando a vida dos trabalhadores, a Copa do Mundo com certeza deixará bons frutos para o país, não só para o transporte público, mas para a economia em geral.

Outra boa notícia para 2014, que infelizmente está muito distante, será o retorno do festival Rock in Rio para o Brasil, se aproveitando dos holofotes virados para o país durante o ano de 2014, os organizadores do evento que nos últimos anos acontece em países da Europa, como Portugal e Espanha acontecerá novamente no país, 14 anos após a última edição realizada em terras tupuniquins.

Revolta

Esta semana acompanhei algumas reportagens de uma série especial, exibida no jornal da Record entre os dias 9 e 14 de junho, intitulada “Saúde pública: Salve-se quem puder”. Durante uma semana, 10 equipes de jornalismo da Record percorreram hospitais públicos de todas as regiões do país e presenciaram de perto, o drama de milhares de pessoas que dependem do atendimento público em nosso país. Foram dezenas de histórias chocantes e revoltantes de descaso do governo com a população, histórias comoventes como a da menina, que pela demora no atendimento e por um erro médico, ficou entre a vida e morte depois de uma simples queda. Ela conseguiu se salvar, mas sem um dos braços.
Filas intermináveis, instalações precárias e falta de respeito com o trabalhador brasileiro, que sente o peso dos impostos para sustentar o sistema de saúde, mas quando precisa de socorro, não encontra. Há de se ressaltar o excelente trabalho realizado pela equipe de jornalismo da Record, que contou histórias comoventes, bem contextualizadas e muito bem apuradas, ponto para eles.


Enfim, um país emergente, que almeja o posto de país de primeiro mundo, que recebe bilhões de dólares em investimentos estrangeiros, deve olhar para seu próprio umbigo e cuidar dos pequenos detalhes que são responsáveis pela grandeza de uma nação, é inadmissível que em um país como o nosso, pessoas morram de fome ou por falta de atendimento médico, isso deve ser hoje e sempre prioridade de nossos governantes.

Citei apenas dois exemplos do caos que vivemos no Brasil, no transporte e na saúde, portanto refaço a pergunta do começo do post, o Brasil está no caminho certo? De que forma nós cidadãos comuns podemos contribuir para o crescimento e melhorias da nação? Votando?

Grande abraço a todos.............

Dica de filme: Sangue Negro – Vencedor do Oscar de melhor ator com Daniel Day lewis. Em 2008.

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quarta-feira, 4 de junho de 2008

A desevolução

De onde viemos e para onde iremos? Provavelmente, você, assim como eu e todas as pessoas deste mundo, já perdeu ou ganhou algum tempo procurando essas respostas ou pelo menos tentando entender um pouco das raízes da humanidade e dos caminhos que o futuro pode nos reservar. De certo é que a ciência através de seus grandes estudiosos e numerosas teorias nunca chegou a um consenso, enquanto a conformista religião, atribui suas buscas e anseios à fé, que certamente conforta os corações mais aflitos. Adão e Eva ou macacos? Voltaremos a ser puros ou faremos de tudo por uma banana?


Religião não é o meu forte, pelo menos ainda não, confesso que terei que desenvolver o mínimo de minha espiritualidade para poder debater temas mais complexos como a introdução deste post sugere. Porém é claro para mim, o importante papel da espiritualidade na vida do homem, e entendo o papel da religião como intermediadora e solução para as angústias de muitos. Não sei se existe o diabo, mas se existir, por razões óbvias, com certeza essa seria umas de suas representações:



Então partirei do princípio da ciência, do processo de mudança e desenvolvimento pelo qual os seres humanos emergiram como uma espécie distinta, se tornando mais ereta com o passar do tempo e desenvolvendo seu cérebro, diferenciando-se assim dos primatas. A inteligência com certeza é o que diferencia o ser humano dos demais animais, consequentemente, quanto mais inteligente é o ser humano, mais desenvolvido ou maior capacidade de se desenvolver ele tem. A fim de estabelecer parâmetros de inteligência, surgiu o Quociente de Inteligência, o Q. I. que é uma medida derivada da divisão da idade mental pela idade cronológica, obtida por meio de testes desenvolvidos para avaliar a capacidade de inteligência de um sujeito. Ou seja, esta tabela serviria para mostrar a ponte que separa um gênio de um burro.

Se a grande maioria dos seres humanos tivesse o Q.I. elevado, ou seja, compartilhassem de alto grau de inteligência, os recursos naturais seriam melhor aproveitados e a harmonia entre as pessoas seria crescente, porém não é esse o rumo que vemos as coisas tomarem. A degradação cada vez maior do meio ambiente, em busca de mais riquezas nos faz temer pelo futuro das próximas gerações, comentários como o de que a 3ª guerra mundial será por causa da Amazônia, maior fonte de riqueza natural do mundo, não são difíceis de serem ouvidos por ai, mas por que a humanidade estaria tomando este caminho?



A teoria da desevolução afirma que o Q.I. médio da população está caindo gradativamente. Casais com Q.I. alto possuem uma média de 1,5 filhos, enquanto os casais de Q.I. baixo, possuem em média cerca de 5 filhos. Este fato aliado ao avanço da medicina e pela falta de predadores naturais faz com que a população humana aumente desenfreadamente e seja responsável pelo seu próprio declínio. De onde eu tirei isso? Vejo no vídeo abaixo:





Os americanos do Korn levantam essa questão em seu mais novo videoclipe da música Evolution, e atingem o seu objetivo de gerar algum tipo de reflexão, ponto para eles.

E você? Acredita que estamos no caminho oposto da evolução? Acha que a religião tem as respostas pra estas questões? Acredita em Q.I.? Aliás, você sabe qual o seu?

Abraço a todos.

Dica de som: KORN - Untitled

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quarta-feira, 14 de maio de 2008

A Policia Pop

“Polícia para quem precisa, polícia para quem precisa de polícia”, assim começa a música “Polícia” dos Titãs, hit do rock nacional que fez bastante sucesso durante a década de 80. Hoje em dia a polícia que já foi cantada, agora canta, e além de cantar possui até representante, o primeiro super-herói brasileiro, Capitão Nascimento. A policia ficou Pop? Será?

Ok. Imaginemos o Brasil sem polícia........................
Estou tentando e pra falar a verdade nem consigo imaginar, pois direta ou indiretamente, somos sempre dependentes desta que é a uma das instituições públicas mais respeitadas de nosso país e que exatamente pelo fato de ser uma instituição pública possui diversos problemas. Todos nós sabemos, que nossos policiais são sub-valorizados e mal remunerados para em determinados momentos arriscarem suas próprias vidas em prol de seu trabalho. Tal descaso por parte de nossos governantes faz com que policiais insatisfeitos com sua renda, procurem novas alternativas para completar o orçamento familiar, os honestos, fazem bicos como seguranças em restaurantes, casas noturnas, etc... Encarando jornadas de trabalho desumanas, afetando diretamente sua produtividade como policial. E também existem os desonestos, gostaria de pensar que fossem poucos, que trilham o caminho da corrupção, esquemas ilícitos, arregos, abuso de autoridade, entre outras coisas que aliadas ao despreparo técnico, tático e psicológico de algumas corporações, logo nos remetem a música dos Titãs novamente.



“Tropa de Elite”, filme de José Padilha de 2007, tem como tema o Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, o filme abriu uma série de discussões em todo Brasil, temas como a ineficácia do sistema policial e penal, corrupção, tráfico e tortura, foram exaustivamente debatidos em todos os meios de comunicação, o que por um lado denegriu a imagem de algumas corporações, exaltou a atuação de outras, criando uma auto-estima até então inexistente por parte da polícia, o que ocasionou no nascimento do primeiro super-herói brasileiro, o exterminador de bandidos, o caveira, o chefe dos farda preta, o temível Capitão Nascimento, vide vídeo abaixo:



Ahahahahahahaha, não resisti.

O filme “Tropa de Elite” também levantou uma outra questão, a polícia quer se equiparar aos bandidos. Como? Se eles ganham dinheiro com o tráfico, também ganharemos, se eles são violentos, seremos violentos, se eles torturam, nós torturamos, e o processo de popularização (Pop) da polícia se potencializa ai. Se eles têm filme (Cidade de Deus), também teremos, você acha que as produções cinematográficas acabaram com Tropa de Elite? Errado, vem ai Rota Comando – O filme, com previsão de lançamento para o início do ano que vem, “Rota Comando” vai retratar um pouco da história das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar, a tropa de elite da Polícia Militar de São Paulo, baseado no livro “Matar ou Morrer” do Capitão Conte Lopes, que hoje é deputado. Informações constam de que mais da metade do batalhão da PM não é a favor do filme, o alto comando da ROTA tem acompanhado de perto as gravações, portanto tenho minhas dúvidas se o filme irá gerar grandes polêmicas, ou servirá apenas como uma espécie de vídeo institucional da Tropa de Elite de São Paulo. O baixo orçamento para a produção gira em torno de R$ 500 mil reais (tropa de Elite custou R$ 10,5 milhões) e o elenco de cerca de 150 pessoas não conta com nenhum ator famoso.

Já não é de hoje que as periferias das grandes cidades encontraram na música a principal forma de se expressarem e denunciarem abusos que acontecem em suas comunidades, abusos estes, muitas vezes cometidos pelos próprios policias. Porém nem só em tom de denúncia vêm as músicas da periferia, bandidos também cantam.



E dando continuidade ao processo de popularização da polícia, se bandido canta, a polícia também canta.



A tentativa de mudança da imagem da polícia é totalmente válida em minha opinião, desde que ela seja feita de forma responsável e sensata. Após o grande sucesso de Tropa de elite, a cabeça dos homens do BOPE valia ouro nos morros do Rio de Janeiro. Ultimamente vídeos de diferentes corporações têm pipocado na internet, cada um expondo o que suas corporações têm de melhor, policiais exibindo seu armamento, expondo suas táticas e até mesmo gravando suas incursões por guetos e morros, uma exposição ao meu ver desnecessária, pois a sociedade precisa de policiais sérios, eficientes e honestos e não atores de cinema. Veja vídeo:



Qual será o intuito desta super exposição? Botar medo em bandido? Encher a sociedade de orgulho? Nossa polícia deveria se equivaler a um árbitro de futebol, onde sua discrição é diretamente proporcional à qualidade do seu trabalho. Enfim, como brasileiro, tenho a obrigação de acreditar na policia de meu país, tenho especial respeito pela PMMG, onde a cada dia percebo o bom trabalho executado nas ruas de Belo Horizonte, por homens cada vez mais bem preparados e sérios e isso eu percebo no dia a dia e não através de RAP de policiais ou vídeos do BOPE, ROTA, ROTAM ou afins.
E você? Confia na nossa policia? Ou acha que como policiais eles são ótimos atores? Saudações a todos. PAZ.

Dica de livro: Rota 66 – Caco Barcellos.


“Se você é esperto então corre ladrão, chegou o tático móvel pra te mandar pra prisão”

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quarta-feira, 30 de abril de 2008

Ditadura da beleza

O que caracteriza uma pessoa como bela? Corpo esguio, olhos e cabelos claros, pele sedosa, cabelos esvoaçantes? Ou seria uma pele escura, olhos negros, cabelo crespo e pernas e braços rijos? Ou quem sabe, uma pessoa inteligente, sábia, sensata e de bom humor? Bom, já deu para perceber que são inúmeras as belezas existentes, mas será que beleza põe mesa?

Ditadura é o regime autoritário que está na mão de uma pessoa ou de um grupo de pessoas, que exercem poderes de maneira absoluta sobre o povo. Quem seria o maior vilão da tal ditadura da beleza então? A mídia? Provavelmente sim, a mídia estipula padrões estéticos pois tem a necessidade de segmentar a sociedade, para a partir dai produzir bens de consumo específicos para cada grupo, facilitando a produção burguesa e gerando mais lucros. Hum, que papo mais revolucionário, definitivamente não é o rumo que quero tomar neste post, porém uma coisa é clara, padrões estéticos sempre existiram e provavelmente nunca deixarão de existir e o tempo é o único capaz de causar grandes transformações, veja o exemplo abaixo:



Com certeza alguns quilinhos a mais eram valorizados no passado, definitivamente o que era bonito antigamente não é o mais bonito hoje, e o que é bonito hoje não será o mais bonito no futuro. Faça um teste, vá até uma banca de revista e observe as inúmeras capas de revistas espalhadas pela banca, Top-models, atores e atrizes, celebridades que são referência de beleza, moda e comportamento, padrões inatingíveis para a maioria da população que enxergam nesses ícones o ponto onde querem chegar. Resultado: Garotas anoréxicas em busca do corpo perfeito, ou da magreza perfeita, garotos anabolizados em busca dos músculos perfeitos e senhoras de idade em busca da juventude eterna. O quão as pessoas estão dispostas a maltratar seu próprio corpo em busca de uma beleza inexistente?

Bom, eu acredito que a beleza está dentro de cada um, ou seja, cada um de nós é bonito pelo simples fato de ser único, ninguém possui as mesmas características das quais eu possuo e isso me torna belo. Ok, isso é papo pra boi dormir você deve estar pensando, deixe-me tentar expressar melhor. A vaidade é muito importante, seja para homens ou mulheres, haja visto o crescimento do mercado estético em todo país, clínicas de estética, massagens, produtos de beleza entre outros, são procurados cada vez mais por pessoas que querem uma aparência melhor, a indústria da beleza esta diretamente ligada à indústria do bem estar, o que é louvável, pois estão percebendo que saúde é sinônimo de beleza.

Então estar saudável, praticar esportes, dormir cedo, alimentar-se bem é garantia de beleza? Não, mas já é um bom começo. Quando digo que a beleza está dentro de cada um, não quero dizer que você necessariamente deve estar satisfeito com sua aparência, mas sim que você pode procurar alternativas que façam com que você se sinta melhor com o que você tem, ou seja, procurar alternativas para que você se sinta bonito, não em comparação ao artista da TV, mas com você mesmo. Exemplo: Dizem por ai que é dos carecas que elas gostam mais, pode até ser verdade, mas te garanto que nenhum homem gosta da tal careca, portanto por que não fazer algo a respeito? Se isso te fará sentir melhor, te trará confiança, por que não? Pare uma garota na rua, por mais que ela esteja em forma, pergunte se ela está satisfeita com seu corpo, ela com certeza lhe dirá que precisa perder pelo menos uns 2 kg, tudo bem, se ela se sentir melhor com 2 kg a menos, tem mais é que correr atrás mesmo, só não precisa perder 10 kg pra ficar parecida com um vara pau.

Finalizando, beleza é um conjunto de características individuais de cada um, que começa pela aparência e termina na forma com que a pessoa se expressa, ou ninguém nunca topou com a famosa “loira” burra por ai? Linda por fora e vazia por dentro. Portanto, acho que todos nós devemos procurar o que nos deixa feliz, correr atrás do que nos faça sentir bem, porém acima de tudo devemos valorizar quem somos, ter amor próprio, pois se não nos amarmos, quem o fará? Bonito isso né... E você, está feliz com o que Deus lhe deu? Acha mais belo um corpo bonito ou uma cabeça pensante? Como dizem por ai, beleza não põe mesa, mas abre o apetite.

Abraço a todos,

Dica de filme: Antes de partir (Morgan Freeman e Jack Nicholson)

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quinta-feira, 17 de abril de 2008

Geração Vídeo Game

Atari, MSX, Phantom System, Master System, Nintendo, Mega Drive, Super Nintendo, 3DO, Saturno, Playstation 1, 2, 3 e portátil, Xbox, Wii e PC. Ufa, se você assim com eu, faz parte de uma geração que acompanhou a evolução dos vídeo games e também suas rápidas transformações tecnológicas e mutações ao passar dos anos, que tal bater um papo sobre?

Tenho que admitir, vídeo games já foram os culpados por noites sem dormir, má alimentação, péssimas notas na escola, broncas da mãe e da namorada. Tudo isso devido há horas e horas em frente à TV ou monitor, mas eram por boas razões, afinal, passar para a próxima fase, “zerar” esse ou aquele jogo, ganhar um campeonato, vencer uma guerra ou até mesmo conquistar o mundo, são motivos mais do que suficiente, você não acha?

Muitos criticam vídeo games, pois pessoas que gostam dos jogos tendem a se fechar em seu “mundo” imaginário, várias horas em frente à TV ou monitor podem causar algum tipo de problema na vista (nada comprovado), ou a pessoa se torna menos sociável (o que é possível) ou até mesmo deixa de executar atividades de sua vida normal em prol dos joguinhos (fato comum). Mas deve existir algum tipo de benefício nisso, certo? Como fã de vídeo-game, elucidarei meus pontos de vista com relação a esse assunto e você tire suas próprias conclusões.

Fui introduzido a este novo mundo, por volta dos 7 anos de idade, o primeiro console do universo dos games, me foi apresentado por um tio, que tinha o aparelho em casa. Para minha sorte o console sempre dava defeito e meu pai como técnico em eletrônica, era sempre o escolhido para conserta-lo, “maravilha” eu logo pensava, isso significaria que meu pai levaria cerca de 3 dias para consertar a máquina e que a mesma ficaria lá em casa por pelo menos um mês. Jogos como Pitifall, Enduro, River Raid, Heroes, Pac-Man, eram diversão não só para a garotada, mas para toda família, até mesmo minha mãe participava de alguns duelos.

A partir dessa época os games começaram a se incorporar nas brincadeiras infantis e passaram a dividir espaço com as peladinhas na rua, soltar pipa, esconde-esconde, entre outras. Ter o vídeo game da última geração era sinal de poder entre os coleguinhas da rua, semelhante ao ser o “dono da bola”, fato responsável por semear a discórdia e a disputa precoce entre a mulecada. Rs. Menos né!!!

Recentemente uma agência de publicidade da Inglaterra lançou uma campanha institucional do Atari, a fim de reforçar sua importância histórica, conforme foto abaixo:















Achei uma excelente sacada, Clique aqui para ver mais peças da campanha e saber mais detalhes.



Depois da introdução a este novo e promissor universo apresentado pelo Atari, uma série de novas gerações de consoles eram lançados ao longo dos anos, o Phatom System foi minha primeira aquisição, presente dos meus pais, ele foi o primeiro console brasileiro, clone do Nintendo e lançado pela Gradiente no final dos anos 80. Caça Fantasmas, Predador, Ninja Gaiden e diversos outros títulos eram responsáveis pela minha alegria. Porém algum tempo depois, o posto de vídeo game da vez passou a ser ocupado pelo Master System e meu “reinado” como o dono do aparelho de última geração chegava ao fim, posição rapidamente ocupada pelos meus vizinhos que ganharam um Master System de presente, ora bolas, o jeito agora era ser bonzinho com eles para poder disputar algumas partidas de Black Belt, Double Dragon e jogos de verão. Bons tempos.




Como deu pra perceber a evolução dos vídeo games seguem uma ordem cronológica e paralela ao meu crescimento, passando pela minha infância, juventude e chegando até a fase adulta, tenho certeza que essa evolução também acompanhou milhões de garotos e até mesmo garotas de minha geração. Muitas fitas, cartuchos, Cd´s, DVD´s e até Blue Ray´s depois, a indústria dos games tomou proporções gigantescas, para se ter uma idéia, nos 5 primeiros meses de 2007 foram vendidos 5 bilhões de dólares em equipamentos e vídeo games somente nos EUA, uma alta de 47% com relação ao mesmo período de 2006, segundo pesquisas do instituto NPD.

Hoje em dia, filmes de Hollywood fatalmente têm suas versões em games, bandas e artistas gravam trilhas exclusivamente para jogos, empresas investem em publicidade para o segmento, personagens como os Mário Brothers, Sonic e Alex kid têm mais popularidade que vários atores por ai. Existem premiações semelhantes ao Oscar, dedicadas à comunidade de artistas e desenvolvedores de produtos relacionados com o entretenimento interativo. Existem até orquestras destinadas a tocar apenas temas de jogos famosos, cujas apresentações têm seus ingressos disputados a tapas. Além é claro de diversas feiras especializadas ao redor do mundo, realmente as proporções dessa indústria são bem elásticas.

Antigamente vídeo game era coisa de criança, os temas dos jogos eram geralmente voltados para o público infantil e pré-adolescente, porém essa geração cresceu junto aos games e a indústria acompanhou o amadurecimento do seu público. Jogos destinados ao público infantil são minoria hoje em dia, temas bem elaborados, acompanhados de enredos envolventes e detalhes gráficos de alta qualidade têm como público alvo os adultos, é comum cenas de filhos chorando pois o pai não quer deixa-los jogar, rs. Acredito até que em algumas casas existam um vídeo game para o pai e outro para o filho.

Particularmente confesso que não consegui acompanhar essa evolução, a falta de tempo aliada à crescente complexidade de tarefas a serem executadas nos jogos fez com que eu perdesse um pouco a paciência, afinal, decorar os comandos de cerca de 9 botões( no começo era só um), junto com combinações do direcional e ainda diversos mistérios a serem solucionados dentro dos jogos fizeram com que a freqüência com que eu me arriscasse com um controle na mão fosse diminuindo substancialmente.

Mas para a minha alegria, nem tudo estava perdido, eis que surge o culpado por boas horas em frente à TV e duelos intermináveis, além de alguns trocados perdidos em apostas, senhoras e senhores, apresento-lhes:



Levante a mão quem não gosta de Winning Eleven. Claro que existem pessoas que não gostam do jogo, porém este simulador de futebol possui milhares de fãs ao redor do mundo e eu, é claro, faço parte dessa nação. Mas nem tudo é perfeito! Devido a batalhas intermináveis, gritos estridentes e horas de aplicação técnica e tática, o Winning Eleven foi criando uma série de inimigos na mesma proporção em que agregava mais adeptos, vilão principal dessa história? Garotas denominadas “namoradas”, isso mesmo, tanto tempo perdido na frente da TV, fazia com que nós homens preocupados em vencer o nosso rival, provar nossa masculinidade através de nossa habilidade com o controle, esquecêssemos do cineminha, do jantar, do bate papo, enfim, da tão cobrada “atenção” para com a “classe” das namoradas, que resolveram se organizar para acabar com nosso tão inofensivo hobby. Se você procurar no Orkut, irá encontrar várias comunidades onde garotas trocam experiências e relatam casos de seus namorados “viciados”, Clique aqui e confira uma reportagem sobre o assunto.

Aproveitando um nicho de mercado diferente e apostando na interação ao invés da extrema preocupação com a qualidade gráfica, a Nintendo vem causando um reboliço no mercado ao lançar o console Wii. Essa nova plataforma aposta em jogos multiplayer, ou seja, para várias pessoas, seu controle capta os movimentos que o jogador faz ao movê-lo, funcionando como uma espécie de "mouse aéreo", proporcionando grande mobilidade, o console trouxe de volta um público que estava afastado do mundo dos games e vem ganhando novos adeptos progressivamente, o Wii é lider de vendas atualmente, estando à frente do Xbox/360 e do Playstation 3, confira você mesmo se é ou não é garantia de diversão.



Uau, acho que acabei me empolgando, acredito que ninguém vai ter saco de ler este post até aqui, e eu ainda nem dei minha opinião sobre a violência presente nos jogos e as incessantes tentativas de proibições dos mesmos por parte de nossas autoridades, acho que vai ter que ficar pra próxima. De qualquer maneira, para finalizar e conforme prometido a alguns muitos parágrafos atrás, acredito sim que o vídeo game tem suas vantagens. Ao jogar vídeo game o jogador desenvolve sua capacidade de concentração, seu raciocínio lógico, têm um contato direto com a língua inglesa, o que aumenta o vocabulário bem como ajuda no entendimento de palavras e até frases em inglês, exercita os músculos dos dedos (vi isso em um programa da Xuxa a anos atrás) e principalmente, serve como válvula de escape para o stress.

E você? O que pensa com relação aos vídeo games? Gosta? Não gosta? Joga? Não joga? Tem alguma história pra contar? Põe na roda. Que tal uma partidinha de Winning Eleven? Qualquer coisa estou a disposição.

Abraço a todos.

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