sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Vamos ao Trance?

Uma nova tendência vem ganhando espaço entre jovens de diversas capitais brasileiras, festas de música eletrônica já fazem parte do calendário oficial de baladas, drogas são o combustível de festas que chegam a durar mais de 24 horas.



Sábado três horas da manhã, o despertador começa a tocar, Juliana dá um pulo da cama, ela mal dormiu essa noite tamanha era a ansiedade. Um banho demorado, lápis nos olhos, short curto, blusinha tomara que caia, bota de veludo, cabelos presos com a tatuagem de uma borboleta a mostra no pescoço, quase tudo pronto, só faltam meia dúzia de pulseiras e o óculos “Style” para fechar o visual. O relógio já marca quatro horas da manhã, o amigo Lucas já deve estar a caminho para pegá-la.
A mãe ainda sonolenta acorda com o barulho vindo do quarto da filha de 19 anos.

- Que barulhada é essa?
- To saindo mãe, o Lucas deve chegar em 5 minutos para me pegar.
- Mas a essa hora? Ninguém sai de casa neste horário.

Muitos realmente não saem de casa a esta hora, eles já estão na rua. Tiago e mais três amigos de faculdade estão tomando uma cervejinha no postinho 24 horas da Avenida Brasil, eles a pouco saíram de uma festa em uma boate da Savassi, mas ir para casa não está nos planos de nenhum deles, os ingressos já estão na mão, só falta comprar o maço de cigarros, o chicletes e a última cerveja pra ir tomando no caminho.

- Ficar de boca seca nos 30 minutos de viagem daqui até lá não rola né.
- E as paradas?
- Combinei de pegar com o Marquito lá na porta, tem erro não.

Marquito é um jovem de 22 anos, estudante universitário, mora em um bairro de classe média alta de Belo Horizonte, possui uma vasta rede de amizades, dirige carro do ano e é muito requisitado entre as garotas. Ele mal dormiu essa noite também, o telefone não parou de tocar um segundo, ele precisa chegar mais cedo ao local, pois combinou de encontrar muita gente na porta. A camiseta regata combina com o corpo malhado e deixa as tatuagens á mostra, são duas, um dragão no braço direito e um tribal no braço esquerdo, uma bermuda confortável e um chapéu estilo cowboy dão fim a produção do rapaz, só falta pegar a mochila com as encomendas e tomar o caminho da festa.

- Esta trance vai ser a melhor, os Dj´s são demais e a decoração do lugar também promete, sem contar que vai estar cheio de gatinhas.

Trance? Este é o mais novo estilo de música eletrônica que vem conquistando os jovens das principais cidades do Brasil e que tem Belo Horizonte como um de seus grandes expoentes. O estilo nasceu nas praias de Goa, na Índia. Os maiores astros vêm de Israel. As festas geralmente acontecem em lugares mais afastados das cidades, e não dentro de galpões fechados, o ambiente a céu aberto e em lugares paradisíacos promove o encontro dos participantes com a natureza. Festas de grande porte costumam acontecer na capital mineira de mês em mês, o ingresso gira em torno de R$40 a R$50 reais, vários DJ´s embalam as festas que chegam a ter mais de 24 horas de duração. Os eventos costumam contar com superprodução, organizadores investem pesado na decoração e na contratação de artistas circenses para alegrar e entreter o público. A Trance da vez ocorrerá em um condomínio localizado a cerca de 30 minutos do centro da cidade e cerca de 7 mil pessoas são aguardadas no evento.



Festas reúnem milhares de pessoas em ambientes ao ar livre







O relógio marca 5 horas da manhã, Juliana acompanhada do amigo Lucas e mais três amigas chegam ao estacionamento do local. O Movimento já é grande, a festa começou por volta de meia noite, mas o público chega em peso entre 4 e 6 horas da manhã.

- Pelo menos o estacionamento é de graça, sobra mais grana para a água.
- Você não consegue ficar sem sua água né Lucas.
- Claro, é o que me ajuda a agüentar o tranco.

Água? Para agüentar o tranco? Em eventos desse gênero o consumo de água é maior do que o de cerveja, refrigerantes e demais bebidas. A demanda é tanta que o valor pago por uma garrafinha de 500 ml de água são os mesmos R$3 reais pagos por uma latinha de cerveja, porém bem mais barato que os R$9 reais pagos pela dose de Vodka.

Tiago e os amigos chegam eufóricos ao local do evento, de longe ele avista Marquito, com quem falara ao telefone minutos atrás, o valor de 100 reais pelas encomendas já está no bolso, os dois se conhecem de diversas festas de música eletrônica no passado, se cumprimentam e em 2 minutos fazem negócio.

- Ta ai, as balas que você me pediu. São 4 no total, 25 reais cada.
- Essas são boas né?
- As melhores, o nome é Passarinho verde, no final da festa você me conta como foi.

Bala? Passarinho Verde? Em festas de música eletrônica as principais drogas ingeridas pelo público são as sintéticas Ecstasy e Lsd, mais conhecidas como bala e doce respectivamente. Vendida em pílulas de diversas cores, tamanhos e formatos, a “bala” em muito se assemelha a um típico remédio para dor de cabeça. Não tem o forte cheiro de um cigarro de maconha e nem exige um ritual para ser consumida, como a cocaína. Por isso é mais discreta e fácil de esconder da polícia. Os responsáveis pelo comércio da droga geralmente são jovens de classe média, a não proximidade dos morros atrai outros jovens de classe média, que acham menos perigoso pegar a bala com o amigo de faculdade ao invés de correr o risco de subir a favela à procura de outras drogas.

O dia começa a amanhecer, parece que o sol ficará tímido durante todo o domingo, o tempo nublado deixa o clima mais fresco, e se torna um aliado dos “tranceiros”, que por ali ficarão durante muito tempo. Não existe muito empurra-empurra para entrar na festa, os públicos femininos e masculinos se dividem na entrada, após uma breve revista dos seguranças Juliana já está dentro do local, essa promete ser uma das melhores Trances de que ela já participou. O lugar já está cheio, do lado esquerdo, o palco em formato de uma pirâmide de cerca de 20 metros de altura chama atenção, do lado direito, um bosque cheio de árvores, cores e mais cores fazem parte da decoração, parece um lugar encantado que tem a Lagoa dos Ingleses ao fundo dando o toque final. Juliana está super feliz, ela combinou de encontrar várias amigas no local, a música já é alta e excitante, uma rápida passada no banheiro e ela já está pronta para se acabar na pista de dança.



Os organizadores não economizam em cores para a decoração








Tiago e os amigos também já estão dentro da festa, as 4 balas compradas com Marquito já foram divididas, uma para cada um, os quatro amigos tomam as drogas ao mesmo tempo.


- É só colocar na boca e engolir.
- Credo, essa coisa é muito amarga, pior que novalgina.
- Daqui a uns 30 minutos agente não vai sentir mais nada.

Criado em laboratório em 1914, o ecstasy é parente das anfetaminas, drogas presentes em vários remédios para emagrecer. É uma droga moderna sintetizada, cujo efeito na fisiologia humana é o bloqueio da reabsorção da serotonina, dopamina e noradrenalina no cérebro, causando euforia, sensação de bem-estar, alterações da percepção sensorial do consumidor e grande perda de líquidos, o que explica o consumo excessivo de água pelos frequentadores das Trances. As alterações ao nível do tacto promovem o contacto físico, embora não tenha propriedades afrodisíacas, como se pensa.


As Balas estão entre as drogas mais consumidas nas festas.


A esse ponto Tiago e os amigos ja estão em total euforia, o sorriso estampado no rosto de cada um é o sinal de que a droga ja fez efeito, nenhum deles consegue ficar parado por um instante, a música incessante dita o ritmo, e eles não estão sozinhos, a multidão vai a loucura quando o principal Dj do dia sobe ao palco, a poeira do chão toma conta do lugar, como uma espécie de nuvem, devido a agitação do público.

- Caramba cara, eu tô muito doido.
- Que sensação boa, nao consigo parar.
- É meu amigo, se continuarmos nesse ritmo, só vamos embora amanhã mesmo.
- Pena que não rola de chegar nas gatinhas.
- Pode crer, ninguém dá idéia.


A lucidez era o que chamava a atenção de Tiago, a consiência das alterações no corpo faziam com que ele se sentisse no comando. E por ali eles ficaram durante horas, com uma garrafa de água em uma mão, e o cigarro em outra, Tiago a muito não se sentia tão feliz, porém após algum tempo seu corpo ja não era o mesmo, o relógio marcava 1 hora da tarde, ele estava na rua desde as 11 horas da noite do dia anterior, e nem sequer lembrava qual fora a última vez em que houvera se alimentado. Aos poucos a euforia foi dando lugar a fraqueza, ele se sentia tonto e as pernas começavam a bambiar.

- Véi, não estou me sentido muito bem.
- O que houve?
- Não sei, to sentindo uma fraqueza, acho que vou desmaiar.
- Segura a onda ai que vou te levar na enfermaria.


Ao chegar na enfermaria Tiago foi prontamente atendido pela equipe de primeiros socorros do evento, uma tenda montada para dar suporte médico ao públibo que contava com oito macas, 1 médico e cerca de 5 enfermeiros. Após tirar a pressão e fazer algumas perguntas o diagnóstico do médico já estava pronto.

- Qual foi a última vez em que você se alimentou?
- Nem me lembro Doutor.
- Você teve uma baixa de pressão, vai precisar se alimentar e ficar de repouso durante um tempo.

Segundo o médico responsável pela enfermaria do evento, esse tipo de atendimento é o mais comum, pessoas ficam muito tempo sem se alimentar e gastando muita energia, o que em alguns casos chega a causar uma queda brusca de pressão. A enfermaria ja tinha atendido cerca de 50 pessoas que não se sentiram bem no dia, duas delas tiveram que ser removidas para o Hospital pois estavam com princípio de Taquicardia, devido ao aumento dos batimentos cardíacos.
As muitas horas sem se alimentar decretaram o fim da festa para Tiago, após comprar e comer uma pequena porção de macarrão por R$7 reais, ele passou o resto da festa repousando em uma das macas da enfermaria, enquanto os amigos ainda curtiam lá fora.

- Essa Merda que o Marquito me vendeu é que me detonou.
- Daqui a pouco ele deve aparecer aqui na enfermaria também passando mal.
- Que nada, vi o Marquito agora a pouco la fora, neguinho tava viajando, só andando de bicicleta.

Andando de Bicicleta? Marquito não tomou nem uma bala dessa vez, ele resolveu experimentar uma droga diferente, a bike 500, é o nome do mais novo tipo de Doce(Lsd) disponível no mercado. Por isso “andar de bicicleta” já virou termo comum entre os simpatizantes da droga. Todas as encomendas foram vendidas, o dinheiro investido para a festa foi recuperado com louvor, Marquito agora não só tinha dinheiro pra sustentar o vício, como também pra colaborar com os amigos. A festa estava demais, logo ao entrar Marquito ingeriu ¼ da droga para aquecer os motores, poucos minutos depois tamanha era a ansiedade ele ingeriu o restante, e não satisfeito ingeriu uma segunda dose. Os efeitos do Lsd variam conforme a personalidade da pessoa, o contexto (ambiente) e a qualidade do produto, podendo ser agradáveis ou muito desagradáveis. O LSD pode provocar ilusões, alucinações (auditivas e visuais), grande sensibilidade sensorial (cores mais brilhantes, percepção de sons imperceptíveis), sinestesias, experiências místicas, flashbacks, paranóia, alteração da noção temporal e espacial, confusão, pensamento desordenado, sentimento de bem-estar, experiências de êxtase, euforia alternada com angústia, pânico, ansiedade,depressão, dificuldade de concentração, perturbações da memória, psicose por “má viagem”. Poderão ainda ocorrer náuseas, dilatação das pupilas, aumento da pressão arterial e do ritmo cardíaco, debilidade corporal, sonolência, aumento da temperatura corporal.
A ingestão de dois “Doces” em nada assustava Marquito, que se lembra de em uma festa anterior ter tomado quatro balas.

- Fiquei doidão demais, mas foi de boa.

O ritmo cadenciado da música aliado ao efeito da droga faziam com que Marquito alterasse seu humor diversas vezes, alternando momentos de euforia e de inquietação, a temperatura do corpo estava visivelmente alta, garrafas de água eram consumidas sem parar. Por alguns minutos ele se sentiu distante e permaneceu em silêncio, a “ausência” do amigo causou estranheza entre os colegas que foram perguntar se estava tudo bem.

- Ta de boa ai Marquito?
- Véi, o que foi isso! Viajei demais. Me senti como se eu estivesse fora de mim, e não conseguia voltar mais, uma sensação ruim, eu queria voltar pra dentro do meu corpo e não conseguia. Ufa, ainda bem que passou.
- Relaxa brother, vamos sentar um pouco que rapidinho a “nóia” passa.

A experiência de certa forma assustou Marquito, que percebeu seus exageros, e ficou o resto da festa com um ar de preocupação, nem de longe lembrava o Marquito animado de sempre.
8 horas da noite, hora de ir embora, Juliana não aguenta mais suas pernas, ela dançou como a tempos não dançava. Os amigos reunidos, música empolgante, ambiente paradisíaco, nem uma confusão ou briga foi presenciada pela garota que vai embora pra casa com o sentimento de dever cumprido.


- Há tempos não me divertia tanto, mau posso esperar até a próxima Trance, so preciso descansar um pouco por que o dia foi agitado.

Enfim, o movimento Trance no Brasil é considerado por muitos um novo modismo, porém indepedente de estar na moda ou não prova ter força e popularidade para durar anos. Afinal, esse gênero emergente abriga diversas tribos e tem a luz do sol como iluminação durante o dia e as estrelas durante a noite.



*Os nomes dos personagens dessa reportagem foram trocados para preservar a imagem dos mesmos.


-------- Essa reportagem foi feita no final de 2007, ou seja, muitas coisas mudaram de lá pra cá, na proxima semana um outro evento de grande porte acontecerá em BH, o Chemical music fest, mais uma vez vou estar presente e no próximo post pretendo discorrer sobre minhas percepções sobre a festa e quem sabe até traçar um paralelo entre os grandes eventos do momento e as festas de 1 ano atrás. Abraço.

Dica de Som: Party Generation - Talamasca

15 comentários:

Yuri Game Over disse...

Num acredita nessas babaquices que esse idiota tah falano não galera!

O movimento trance não tem nada a ver com drogas!!!!! Nas raives as pessoas vão para se encontrarem, para curtir a música, para brincar, dançar, malabarizar, se divertir e ser felisez da maneira que querem.

Não estou dizendo que nessas festas não há o consumo de drogas! Mas drogas são consumidas por todo tipo de pessos independente do seu esteriótipo ou da música que escutam!!!!!!

Uma coisa não PODE SER RELACIONADA COM A OUTRA!
Assim como existem pessoas que comsumem alcalóides ilegais em raives, tem pessoas que se drogam em shows de rock, mpb, samba, em jogos de futebol entra muitos outros exemplos!

As drogas estão por toda parte, em todo lugar e não cabe a ningém o direito de taxar uma linha da sociedade que procura apenas manter um equilíbrio entre a naturesa, a música e a dança!!!!

Reflitam, PESQUISEM, se informem melhor e tirem suas própias opiniões!

POSITIVIDADES
E JAH BLESSES

Unknown disse...

Gostei da história!
hahahaha

Anônimo disse...

Caro Yuri,

Ninguem aqui está tentando denegrir a imagem do movimento trance e ninguém aqui disse que as drogas são exclusividade de raves e festas de música eletrônica.

Esse é apenas o relato de algumas histórias reais, que SIM, aconteceram, e você não pode negar que existem.

Porém, todos nós sabemos, que o movimento Trance, é sobre música e não sobre drogas, portanto, cada um curte da maneira que acha melhor.

Abraço

Yuri Game Over disse...

Cada um curte da maneira que acha melhor!!!!!!!!!!!!!

Agora sim! Que essas histórias acontecem, ACONTECEM!

Anônimo disse...

Acontece? sim acontece!!!! ah ta entendi... então quer dizer que num baile funk não acontece?numa festa de hip hop não acontece?num show de rock não acontece? numa roda de samba não acontece???dentro da sua escola,algum parente distante,no seu bairro,algum amigo dos seus pais.... vai me dizer, que em outro lugar e em outras festas tbm nao acontece??? Pode ser que nas nossas festas aconteçam... mas vai ver o indice de violencia nas nossas festas e de qualquer outra.... quantas pessoas entram com armas de fogo nas nossas festas??? Então ja que é pra falar,,, vamos falar e comparar.... e não somente esctasy.. coloque também, alcool,cigarros,maconha,crack,cocaina,lds,heroina,etc..etc..etc... e tbm coloque violencia,indice de brigas e mortes... ta bom meu bem... e ai voltamos a conversar.. bjuss

Danieli Naka disse...

Acontece? sim acontece!!!! ah ta entendi... então quer dizer que num baile funk não acontece?numa festa de hip hop não acontece?num show de rock não acontece? numa roda de samba não acontece???dentro da sua escola,algum parente distante,no seu bairro,algum amigo dos seus pais.... vai me dizer, que em outro lugar e em outras festas tbm nao acontece??? Pode ser que nas nossas festas aconteçam... mas vai ver o indice de violencia nas nossas festas e de qualquer outra.... quantas pessoas entram com armas de fogo nas nossas festas??? Então ja que é pra falar,,, vamos falar e comparar.... e não somente esctasy.. coloque também, alcool,cigarros,maconha,crack,cocaina,lds,heroina,etc..etc..etc... e tbm coloque violencia,indice de brigas e mortes... ta bom meu bem... e ai voltamos a conversar.. bjuss2

Gui Longo disse...

Japadeuza,

Como dito em comentários anteriores, este texto apenas busca relatar fatos verídicos e informar. Dentre as informações existe sim um perfil das pessoas que consumem as drogas, bem como a descrição de seus componentes, efeitos(bons e ruins) e até mesmo onde geralmente são comercializadas.

Em nenhuma parte do texto está escrito que o uso de drogas sejam elas quais forem são exclusividade de Festas de música eletrônica, todos nós sabemos que não é. E o alto indice de atendimentos de emergência mostra que o consumo realmente existe e não pode ser ignorado.

Minha intenção em momento algum foi comparar, apenas informar e resaltar a grande celebração que são as festas rave, parafraseando um antigo slogan de cigarro, "cada um na sua, mas com alguma coisa em comum", ou seja, todos estão ali para celebrar a música, as pessoas e também a natureza, porém cada um a sua maneira, com drogas ou não.

Por fim, concordo plenamente com você, quando o assunto é o baixo indice de violência, alguns fatores podem explicar isso:

Em primeiro lugar eventos dessa natureza tendem a ser mais elitizados e selecionados, pois geralmente ocorrem em lugares mais afastados, dificultando o acesso do grande público e possuem preços altos, tanto dos ingressos quanto dos alimentos e bebidas dentro do evento. Segundo, eventos de grande porte possuem bons esquemas de segurança, onde qualquer acontecimento fora do previsto geralmente é resolvido com agilidade, sem afetar o andamento da festa, e por fim, depois de ficar "doidão", ninguem fica interessado em brigar, muito pelo contrário, concorda?

Então meu bem, quando quiser voltar a conversar estou a sua disposição. Bjo.

Anônimo disse...

só uma pergunta, vc prefere uma bala na cabeça com pessoas felizes, ou uma bala na cabeça e alguem no iml?

Gui Longo disse...

Adivinha.

Yuri Game Over disse...

VAI FILHO! RESPONDE AI!

Tem ninhum adiinho na platéia naum!

"só uma pergunta, vc prefere uma bala na cabeça com pessoas felizes, ou uma bala na cabeça e alguem no iml?"

Anônimo disse...

Época de prevenção

O carnaval é época de alegria, diversão, mas também de prevenção. A hepatite é uma das doenças contagiosas que mais se adquire nesta época do ano. Segundo o médico infectologista e professor da Universidade de Brasília (UNB), Ricardo Marins, as hepatites são mais freqüentes do que o HIV - o vírus transmissor da aids. A cada 100 pessoas, 1,2 tem hepatite, enquanto, a metade, 0.6, tem o vírus HIV.

"No carnaval existe uma permissividade social que induz as pessoas à prática sexual, muitas vezes, sem nenhum cuidado. O vírus da hepatite é um dos mais resistentes ao meio ambiente", afirma Marins.

Droga de vírus

O diretor da organização não-governamental (ONG) Saúde em Vida, que trabalha com portadores de hepatite, Christian Joseph Souza Carvalho, explica que outra forma comum de contrair o vírus é com o uso de drogas.

"As pessoas precisam saber que não é só com droga injetável que se adquire a hepatite. Muitos usuários utilizam uma "marica" (canudo feito com caneta, alumínio ou nota de dinheiro) para cheirar a cocaína ou o crack. Como a droga machuca a parede interna da narina, ocorre o contato com o sangue de outra pessoa", destaca Carvalho.

Anônimo disse...

Drogas de abuso como cocaína, ecstasy, cristal e outras anfetaminas, geralmente consumidas por adolescentes e adultos durante festas como o Carnaval, podem representar um risco para a saúde e até levar à morte. O alerta é da Secretaria da Saúde do Estado, através da diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep) e do Centro de Informações Anti-Veneno (Ciave).

Segundo técnicos do Ciave, o socorro à vítima de doses elevadas (overdose) precisa ser imediato, devendo a mesma ser conduzida para a unidade de emergência mais próxima. Nesses casos, é recomendável também entrar em contato com o centro, através do 0800 2844343. A unidade funciona ininterruptamente, inclusive durante o período de Carnaval.

A médica do Ciave Ana Maria Teles explica que as drogas de abuso têm a capacidade de provocar um estado de euforia e “bem estar”, além de aumentar a disposição, vigor e resistência física nos “embalos”, daí o consumo durante festas. E acrescenta: “A associação dessas substâncias com bebidas alcoólicas causa reações adversas, com quadros graves e maior risco de morte”.

Ainda de acordo com técnicos do Centro de Informações Anti-Veneno, as vias de consumo destas drogas variam, podendo ser cheiradas, fumadas, injetadas, inaladas ou tomadas por via oral. Em doses elevadas ou repetidas, as drogas provocam tremores, delírio, pânico, alucinações visuais e auditivas, paranóia, irritabilidade excessiva e agressividade.

Outros efeitos do abuso de drogas incluem: tremor de mandíbula (cristal), desidratação e sudorese profunda (ecstasy), náuseas, vômitos, hipertermia, taquicardia, insuficiência respiratória, hipertensão arterial, dificuldade de micção, lesões neurológicas, perda de consciência, convulsões e morte.

materia tirada do site a www.jornaldamidia.com.br

ass.. japadeuza

Anônimo disse...

agora faça uma texto, com o mesmo teor, mas mude o local, ao inves de colocar uma rave, coloca ai uma festa de carnaval,.... ou um baile funk, ou um show de rap, de rock.. qualquer lugar..

pra evitar maiores conflitos meu bem... não fale mal do que não sabe, só porque ouviu dizer, e se sabe não critique as escolhas dos outros.. cada um no seu quadrado... certo!!! Não atire a primeira pedra se seu telhado é de vidro ok!
Moro no Japão a 14 anos, e aqui não é muito diferente quando o assunto é drogas.
Existem drogas em todos os paises, em todas as classes sociais, em todos os tipos de musica cultura etc... não gostei de você ter associado as drogas com a rave.. e se for preciso, coloco mais materias tiradas de sites conhecidos pra postar aqui, assim quem sabe você abre a sua mente, e percebe que eu estou certa.

ass. japadeuza

Yuri Game Over disse...

Pois é! Falo mais nada!
Dessa vez c bém que poderia postar sobre um bile funk! Que q c acha?
As popozudas meteno o nariz na farinha inquanto us di menor quebra um e os maluko fika do lado de fora só na criptonita!

kosakoksoakoskoskoskoa

Gui Longo disse...

Gostei das dicas de escrever sobre o mesmo teor em ambientes diferentes. Se eu pudesse me dedicar a isso, com certeza eu faria.

As últimas três estrofes, resumem bem o que eu penso das festas e durante todo o texto descrevo as escolhas e consequências de cada personagem.

Não estou aqui levantando bandeira nenhuma, muito pelo contrário, minha intenção foi simplesmente informar e consequentemente as drogas estavam no meio da informação. Quem sabe com um pouco mais de informação, a galera não passe a entender um pouco seus limites e não "exagere".

E respondendo sua pergunta Yuri, não desejo a ninguém estar no IML.

Abraço e valeu a discussão, é sempre bom trocar novas idéias.