quinta-feira, 27 de março de 2008

Pega o Bonde!!!

“Na vida, nada se cria, tudo se copia” ou “na música, o que não se copia, se mistura”, então o que acontece se “misturar, copiar e escrachar”, resultado? Bonde do rolê.
Se você ainda não conhece, assista ao vídeo abaixo, de uma apresentação do grupo em um canal de TV do Reino Unido e tire suas próprias conclusões.




E então? O que achou? Você há de convir que é no mínimo diferente, então antes de entrarmos na discussão sobre o Bonde do rolê, que tal discutir a música em âmbito geral primeiro.

Eu sou uma pessoa que enxerga novidades com muito bons olhos, acredito sim que novas tecnologias podem contribuir para o processo criativo das pessoas, o que gera novas ferramentas e consequentemente novas possibilidades de criação. Antigamente bandas tinham entre seus músicos apenas um guitarrista, um baixista e um baterista, o “power trio”, hoje em dia a presença de um DJ é tão comum, que podemos dizer existir a “power quadra”, isso quando um DJ sozinho não é responsável pela sonoridade inteira de uma banda.

Fazem parte dessa evolução as diversas nuances rítmicas que aparecem e crescem com o passar do tempo, novos ritmos e sons são gerados a partir de aparatos técnológicos ou através da junção e mistura de ritmos e tendências.
Exemplos: Metal + Rap = New Metal, Rap + Pop = Hip Hop, Hip Hop + Samba = Marcelo D2, Rock + Trance = Infected Mushroom, Hardcore + Forró = Raimundos, Forró + Música brega = Calypso, Funk + Putaria = Mc Serginho, a lista é enorme e os exemplos intermináveis, até chegarmos à mistura inédita até então de Funk + Rock = Bonde do rolê.

O Bonde do rolê começou como um trio cutitibano de 2 Dj´s e uma vocalista, fazendo uma mistura de samplers de rock e batidas típicas do funk carioca, com letras despojadas e politicamente incorretas. O grupo que foi criado em meados de 2005 alcançou notoriedade através do Myspace, obtendo reconhecimento fora do país e fazendo turnês por toda a Europa, Estados Unidos e Canadá. Dizem por ai que o Bonde do rolê é a vingança brasileira, pois depois de importar tanto lixo cultural vindo desses países, chegou a nossa vez de exportar nosso “lixo” para eles. Porém como toda banda de ascensão rápida, os problemas e o relacionamento desgastado entre os componentes causaram um racha no grupo, fazendo com que a vocalista Marina abandonasse o Bonde, cargo que foi logo ocupado por duas novas vocalistas escolhidas em um programa da MTV Brasil.

Por que você escuta música? Em minha opinião, música não necessariamente precisa ter cunho político, ou gerar reflexão, música tem que divertir, nos fazer sorrir e dançar, e como não sorrir ao ouvir “as potrancas salafrárias esbanjando saúde”, uma das muitas celebres frases cantadas aos berros pela turma do Bonde. Realmente nunca pensei que riffs de Alice in Chains combinariam tanto com o batidão carioca em “Melo do tabaco”, ou que a “Dança do zumbi” é uma crítica velada e bem humorada da juventude inconseqüente de nosso país.

Finalizando, O Bonde do rolê é uma piada musical, capaz de nos divertir e provar mais uma vez que com um toque de criatividade e competência, misturas e cópias podem ganhar uma nova roupagem e conquistar fãs mundo afora, se terão vida longa? Provavelmente não, a não ser que descubram novas formas de contarem as mesmas piadas.

E você? Acredita que novidades estão diretamente ligadas á misturas? Ou ainda é possível produzir e criar coisas totalmente novas? Abraço a todos.

Dica de som: Bonde do rolê – With lasers.

3 comentários:

Anônimo disse...

É garoto tá se acostumando a escrever reportagens hein... Parabéns não só por esta, mas por todas do seu blog.. Quanto a este clipe, quem te indicou hein?? hahaha.. Preciso nem perguntar se gostou né? Continue empolgado assim, um abraço...

Anônimo disse...

Oi Gui....penso q nem vc...disse isso numa aula de um curso q to fazendo e a galera pirou ahahahhaha, mas enfim..vamos criar uma cópia p ser copiada rsrsrs.bjocas

Vivi

Anônimo disse...

Pois é vivi´s, afinal, nada se cria, tudo se copia ne!!